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Banana
Nome popular: bananeira
Nome científico: Musa X paradisiaca L
Família botânica: Musaceae
Origem: Ásia
Características da planta
Planta com caule suculento e subterrâneo, cujo "falso" tronco é formado pelas bases superpostas das folhas. Folhas grandes de coloração verde-clara e brilhantes. Flores em cachos que surgem em séries a partir do chamado "coração" da bananeira.
Fruto
Alongado, de casca mole, com a polpa carnosa de coloração amarelada, variável de acordo com a variedade.
A Banana
Banana
Indicado para crianças, de fácil digestibilidade, dietética e agradável. O purê de bananas é um alimento rico para lactentes (sete a oito meses).
Possui um pequeno teor de gordura, fonte de potássio (excesso de potássio gera catarro - assim como o excesso de laranja).
As espécies
Banana prata (musa paradisíaca); banana ouro (outra variedade de musa paradisíaca); banana da terra (a mais rica em amido); banana nanica (a mais popular).
Indicação
Retenções de urina devido a nefrite (inflamação dos rins), no combate às diarréias crônicas e em xarope para a cura de tuberculoses, bronquites e dispepsia.
Soldados do Congo curam feridas com a seiva da bananeira. As flores da bananeira podem ser comidas como legumes, tal qual se faz no Ceilão. Ótimo alimento para os animais, principalmente os suínos.
Aplicação
A banana possui grande eficácia antidiarréica, por isso pode curar transtornos agudos digestivos em crianças, inflamações do intestino grosso e até a celiaquia - uma grave alteração intestinal e alimentar crônica. No espru, uma doença tropical que ocasionalmente se manifesta entre nós. Os doentes de espru ficam curados mediante um regime exclusivo de bananas. (celiaquia nas crianças equivale ao espru nos adultos). A banana faz aumentar as reservas alcalinas necessárias no sangue. Possui sacarose e abundante conteúdo em vitamina C.
O regime de bananas dá mais saúde e alegria às crianças. Fácil absorção da sacarose, boa digestibilidade. A famosa batida debanana com leite é indicada para doentes graves, febris e subalimentados, para as grávidas e lactentes, para os desportistas, operários braçais e para pessoas idosas com pouco apetite e formação insuficiente de suco gástrico.
Composição
Frutose e glicose (açúcar invertido) e nenhum amido.
Cultivo
Propaga-se por rizoma, por não possuir sementes. Pode ser plantada em todo o território brasileiro durante a estação chuvosa, produzindo o ano todo.
As variedades mais cultivadas são: prata, nanica, maçã, terra e pacova. Cresce em áreas com muito sol e não suporta solos encharcados. Um cacho fornece de s a 40 kg, dependendo da variedade.
As bananas são, provavelmente, oriundas do quente e úmido sudeste asiático, de onde provêm os mais antigos registros de seu cultivo e as mais antigas lendas construídas a seu redor. Para muitos, a antiguidade e a origem asiática da banana são fatos incontestáveis.
Supõe-se que, ao longo de sua longa existência, a bananeira foi perdendo a capacidade de se multiplicar por sementes. De acordo com Paulo Cavalcante, este fato é ainda outro indício de que o homem aprendeu a cultivar a bananeira há muito tempo atrás, "desde os tempos primordiais da origem da humanidade".
Hoje, excetuando-se algumas espécies silvestres, a bananeira só pode se multiplicar por processos vegetativos, ou seja, através de rebentos nascidos de outras plantas ou mudas. Se o seu processo de propagação não for controlado e houver espaço, a bananeira pode dar a impressão de que caminha de um lado para outro, uma vez que seus rebentos vão se distanciando pouco a pouco da matriz.
Assim, caminhando lentamente, desde tempos imemoriais, a banana vem se espalhando por todas as regiões tropicais e subtropicais do globo, sendo, nessas localidades, a fruta mais conhecida e cultivada.
Antes da chegada dos europeus à América, ao que tudo indica, existiam algumas espécies de bananeiras nativas. Seus frutos, porem, não eram comidos crus, necessitando de preparo ou de cozimento prévio, não constituindo parte principal da dieta das populações autóctones. Presume-se que foi apenas a partir do século XV, portanto, que a banana, seu cultivo e seus usos foram introduzidos no continente americano.
Atualmente, no Brasil, encontram-se bananas em qualquer parte, destacando-se as regiões Nordeste e Sudeste como as maiores produtoras nacionais da fruta.
A banana é, na verdade, o fruto de uma planta que pode ser descrita como uma "erva gigante", como diz Paulo Cavalcante. Esta é, aliás, uma das principais características de todas as Musáceas.
As flores da bananeira são exóticas, pequenas e envoltas por uma bráctea arroxeada, quando jovem, conhecida como "coração da planta". Seus frutos, que podem ser apanhados quando ainda completamente verdes, nascem em grandes cachos, de aspecto e forma característicos, por uma única e abundante vez. E as bananas, fruto das bananeiras, são o que todo mundo já sabe e já provou.
Quando não maduras, as bananas são, em geral, de cor verde. Seu sabor é adstringente e intragável: diz-se que quando a banana está verde ela "pega" na boca.
Isto porque, antes de sua maturação, as bananas se compõem, basicamente, de amido e água. Tanto é assim que, com a maioria das bananas verdes, pode-se produzir uma farinha extremamente nutritiva, que tem inúmeras aplicações na alimentação, desde o preparo de mingaus até biscoitos. Em seu processo de amadurecimento, a maior parte desse amido contido nas bananas transforma-se em açúcar, glicose e sacarose. E é por isso que, de maneira geral, a banana é uma das frutas mais doces entre todas as frutas.
Bananas, existem muitas. As comestíveis são agrupadas em variedades de acordo com a consistência e a coloração da casca e da polpa. Mas, para cada função ou uso, uma é melhor do que a outra, respeitando-se as preferências regionais e pessoais.
Bananas de mesa são, por exemplo, as variedades maçã, ouro, prata e nanica - que, na verdade, é grande, levando esse nome em virtude da baixa altura da planta em que nasce.
Bananas para fritar são as variedades de banana da terra e figo; a nanica, deve ser preparada apenas à milanesa porque, do contrário, desmancha-se na fritura.
A banana-chips, novidade deliciosa do norte do Brasil, é feita com a variedade pacova. Banana para assar é, também, a nanica; no norte do Brasil, a pacova.
Banana para cozinhar é, especialmente, a variedade da terra; e, também no norte, a pacova.
Banana para preparar a passa é a prata. Bananas para compotas são as variedades figo e nanica. Bananas para bananadas, doces de colher e de cortar, são de preferência a prata, mas também a nanica. Bananas para farinha são quase todas, quando verdes. Além disso tudo, as bananas entram como ingrediente em uma grande quantidade de pratos salgados típicos das culinárias regionais brasileras. No Rio de Janeiro e em Pernambuco, o famoso cozido, que entre tantos componentes - carnes, tubérculos, legumes e verduras -inclui as bananas da terra e nanica. Especialidade do sul de Minas Gerais é o virado de banana nanica, preparado com farinha de milho e queijo mineiro.
No litoral norte de São Paulo, o prato principal da culinária caiçara chama-se "azul-marinho": postas de peixe cozidas com banana nanica verde sem casca, acompanhado de um pirão feito com o caldo do peixe, banana cozida amassada e farinha de mandioca. Na Bahia, embora não levem a banana propriamente, podem ser incluídos o abará, o acaçá e a moqueca de folha, uma vez que cozidos na folha da bananeira.
Digno de nota é também a aguardente feita de banana, um destilado de sabor exclusivo e delicado, especialidade de comunidades caiçaras.
A banana está, também e de forma marcante, presente nas refeições caseiras e nos "pratos feitos" servidos em bares e restaurantes, Brasil afora: alimentando diariamente boa parte da população brasileira, a banana nanica ou prata - é comumente servida crua para ser misturada ao arroz-e-feijão e a tudo mais que houver para comer.
Considerada, por muitos, a fruta perfeita, a banana é fruta de muitas qualidades: amadurece aos poucos, fora do pé, facilitando a colheita, o transporte e o aproveitamento; é fácil de mastigar, nem muito dura, nem muito mole; não dá trabalho para descascar; é fácil de comer e não suja as mãos com sucos e caldos; tem um gosto bom, nem doce demais, nem azada; não é enjoativa ou indigesta; é altamente nutritiva, bastando umas poucas para matar a fome; é totalmente aproveitável e sem caroços; não tem espinhos, nem fiapos e nem bichos; nasce em todo tipo de solo e pode ser encontrada durante o ano inteiro.
O elogio à banana não tem fim: Camara Cascudo, por exemplo, afirma que ela tem ainda mais uma utilidade, desta vez para a ciência antropológica. Sendo planta cuja propagação se dá, por excelência, através do cultivo, a existência ou não de bananas na dieta alimentar de um grupo indígena ou comunidade seriam, para ele, indicadores seguros de seu grau de isolamento.
E cita como exemplo o viajante geógrafo Karl von den Steinen, que, quando esteve na área xinguana no final do século passado, espantou-se ao descobrir que as populações que ali viviam não conheciam uma das melhores e mais lindas frutas do Brasil.
Dizia ele, sobre a cultura daqueles povos: "Não há metais, nem cães, nem bebidas embriagadoras, nem bananas! Eis a verdadeira idade da pedra...".
Fonte: www.bibvirt.futuro.usp.br
Adorei o post
ResponderExcluirAdoro bananas
Gosto da nanica, mas tenho que abrir a casca e colocar no micro, então como a prata.
É verdade que a nanica tem mais nutrientes que as outras marca?
Beijos
Lu, quantas curiosidades interessantes sobre a banana! Sei que é bom comer depois de fazer exercícios ( ou antes). Não sabia que tinha tantos benefícios! Vim tb agradecer sua visitinha! Abraços,
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